Armadilhas de empréstimos financeiros: saiba como evitá-las

28/08/2015. Enviado por em Financeiro

Taxas de juros e outras cláusulas abusivas de empréstimos financeiros costumam causar muitas dores de cabeça para quem não se prepara adequadamente no momento de contratar um empréstimo. Saiba como agir para evitar problemas.

Com o atual cenário econômico do Brasil aumentou bastante a necessidade de empresas e pessoas físicas recorrerem aos bancos e instituições financeiras para solicitarem capital de giro, diga-se empréstimo, com finalidade de auxiliar o fluxo de caixa.

As Consequências de não se atentar aos detalhes

Neste sentido, não são raras às vezes em que o cliente deixa de analisar o contrato e suas cláusulas abusivas, sendo posteriormente surpreendido por altas taxas de juros e, ao final, são obrigados a assinarem novos contratos para refinanciar a dívida anterior transformando em uma verdadeira bola de neve.

O que torna por vezes o cliente refém da instituição financeira, pois neste momento o consumidor não consegue mais descobrir qual é o valor que realmente deve e, a parcela se mostra onerosa para o fluxo mensal do cliente.

Inviabilizando o pagamento do financiamento ou refinanciamento, a instituição financeira como medida leva a protesto – negativação – o cliente e, posteriormente ajuíza uma das seguintes ações: de Cobrança, de Execução ou Monitória em face da empresa e de seus sócios (garantidores da dívida) ou em face apenas da pessoa física.

Na defesa contra as ações acima citadas, são apresentados cálculos condizentes com a realidade e, essencialmente, se contestam o modo abusivo praticado pela instituição financeira no que diz respeito à:

→ Juros Capitalizados (anatocismo);

→ Spread excessivo (lesão enorme) – Juros remuneratórios abusivos;

→ Tarifas/ taxas debitadas da conta corrente sem previsão contratual ou legal;

→ Encadeamento contratual (operação mata – mata).

Como evitar a bola de neve.

 Se a solução para o seu caso for, de fato, o empréstimo, o MeuAdvogado te apresenta algumas dicas para considerar antes de assinar o contrato.
 
Pesquise. Faça uma boa pesquisa sobre taxas de juros e demais taxas em diversas organizações que realizam esse serviço. Aproveite e não deixe de pesquisar sobre a organização em si, se é idônea e se respeita o cliente perguntando para pessoas que já fizeram acordo com essas organizações, inclusive. Além disso, veja se ela é autorizada pelo Banco Central para funcionar.
 
Evite as financeiras. Financeiras geralmente trabalham com os juros mais altos da economia e tendem a conduzir o devedor a um descontrole da dívida. Ou seja, a dica é: evite as financiadoras!
  
Informe-se, pergunte e entenda. Se informe quanto aos demais valores que serão cobrados além dos juros. Você tem direito ao CET (Custo Efetivo Total), solicite-o! Essas e demais informações que você precisa saber devem estar no contrato, assim, leia-o antes de assinar. Não assine se não entender! Em caso de dúvida, pergunte!  
 
Programe o pagamento. Não deixe de se programar, afinal, você terá que pagar por esse serviço. Pense em seu orçamento mensal sem considerar trabalhos ou horas extras que possa fazer e opte pelo menor prazo possível para efetuar esse pagamento, isso também influenciará nos juros.
 
Caso você faça um empréstimo por telefone, o que não é o mais recomendado, saiba que tem até 7 dias para cancelar a operação. E, independente da forma ou com qual empresa fará, sempre é válido consultar um advogado antes. Assim, fica a dica!

Assuntos: Consumidor, Direito Bancário, Direito Civil, Direito do consumidor, Direito Financeiro, Empréstimo, Financiamento, Juros


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