Alienação Parental - Identificando comportamento alienador

19/06/2019. Enviado por em Família

Nem a peppa pig está a salvo e o que você pode aprender com o papai pig. 

Outro dia assisti com meu filho a um episódio da Peppa Pig intitulado "Father's Day, ou, em português"Dias dos Pais".

Nele acontece a seguinte situação.

Nenhuma descrio de foto disponvelPapai pig, está feliz e esperançoso de que terá um feliz e tranquilo dia dos pais, mas logo percebe que todos - mamãe pig, peppa e Jorge pig -, haviam esquecido a data, e logo trata de lembrá-los.

Em seguida a Peppa, questiona: Dia dos pais é como o dia das mães só que para os pais?

Rapidamente e com um certo" arzinho ", que talvez você reconheça, a mamãe pig responde: mais ou menos... dia das mães é um dia de verdade, já o dia dos pais é um tipo de" invenção moderna ".

Então, papai pig se apressa em corrigir dizendo que o dia dos pais é sim exatamente como o dia das mães só que para os pais, e o episódio segue para o dia feliz que o papai pig ansiava, mesmo após essa" amnésia coletiva " inicial.

Para muitos, nada de mais... para outros tantos, ahhh... lá vem você enfiar alienação parental até em desenho infantil....

O fato é que da situação narrada, duas coisas imediatamente me saltaram aos olhos ...

Primeiro a situação corriqueira onde aparece o comportamento típico do alienador parental, partindo da mamãe pig e num segundo momento, a pronta e firme intervenção feita pelo papai pig, que na vida real, nem sempre acontece, simplesmente por que as pessoas não percebem, quão grave esse tipo de comportamento pode se tornar.

Antes de mais nada, preciso frisar: perceba que me refiro a firmeza e não a grosseria ou agressividade e falo em intervenção e não briga/discussão.

Dito isso, para quem não conhece de perto a alienação parental isso de fato pode parecer bobagem, mas acredite em mim, além de comuns, no longo prazo, esse tipo de prática reiterada tem potencial devastador.

Quem já está enfrentando um processo de alienação parental compreende exatamente do que eu estou falando, porque suporta na pele esse poder destruidor quem vem de forma tão sutil que é muito difícil perceber e mais ainda, provar.

E é nessa dificuldade de prova que reside um dos maiores problemas quando se fala de alienação parental. Por isso, cuidado.

Muitas vezes fechamos os olhos e insistimos em acreditar que aquela pessoa com quem vivemos jamais seria capaz de deliberada e conscientemente nos fazer ou desejar o mal.

A nossa tendência é acreditar que esse tipo de comportamento é inconsciente (as vezes é, mas nem sempre) e por isso a pessoa não faz por mal, mas é justamente aí que está o problema.

Por tratar-se de um comportamento arraigado que reflete crença pessoais e espécie de inconsciente coletivo que diz em alguma medida a mãe tem mais direito sobre o filho, e/ou ocupa na vida dele uma posição de maior importância em relação ao pai, é que quando frequentemente alguém que apresenta um comportamento alienador e não é orientado se depara com uma situação de conflito, onde acabou o amor, o diálogo e por vezes impera a raiva, e a mágoa, o não faz por mal entra em cena novamente e pessoa tende a repetir, o comportamento, só que casa vez com ainda mas potência, já que está sendo alimentado pela raiva, por exemplo.

É pequeno que começam os atos de alienação parental, e aos poucos eles vão se avolumado e quando finalmente a vítima se dá conta, ou já é tarde, ou o problema já é bem grande.

Não subestime o poder destruidor de práticas sutis. São subestime a maldade humana.

Você não precisa virar refém do medo, da desconfiança, mas precisa adotar o hábito de ser mais diligente em relação aos seus e aos atos de terceiros que possa afetar seus filhos.

Se você não tem filhos e percebe alguém que lhe seja caro em um tipo de situação como essa, intervenha, não seja conivente com alienação parental.

Se você tem filhos ou pretende ter, divorciado ou não e percebe que seu parceiro (a) se comporta dessa maneira, ainda que de modo inconsciente, ligue o alerta e aja imediatamente. Não permita que a sua importância seja diminuída, perante os filhos ou amigos, familiares,

Converse abertamente sobre a sua posição em relação aos filhos, como você sente e como seus filhos podem perceber a relação familiar.

Tão importante quanto intervir é ter mente sempre que você não precisa ser rude ou agressivo para chamar a atenção para um comportamento inadequado. Deixe claro que não é sobre a pessoa, mas sobre um fato.

Essa clareza e intervenção tão logo seja possível pode te livrar de muitos problemas.

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Vamos juntos. Boa sorte.

Assuntos: Alienação Parental, Direito Civil, Direito de Família, Filhos


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