YouTube X Direitos Autorais - Vilão ou Mocinho? O que ele paga ao titular?

10/11/2017. Enviado por em Direito Autoral

No que concerne a direitos autorais a maior rede mundial é sim um grande vilão.

Sim, hoje o YouTube é uma plataforma de extrema importância para novos artistas, independentes, e não somente na área musical, em todas áreas de atuação.

Claro, pois sem custo nenhum há a maior chance de fazer sua propaganda e de tentar aparecer para alguém, quem sabe um grande produtor te encontra, e isso realmente não é difícil de acontecer vemos muito e cada vez mais.

De acordo com o próprio YouTube, ele tem cerca de mais de um bilhão de usuários, que representa quase um terço da internet.

 

Com certeza para o artista novo, o artista já consagrado, mas especialmente para os novos, é a melhor oportunidade que poderia aparecer, seus vídeos, suas performances não só poderão aparecer, como sabemos ajuda a fechar shows, etc.

 

Até aqui está ótimo, mas e quando sua carreira começa a ser realmente profissional, a despontar, no sentido de shows maiores sendo contratados, músicas sendo mais divulgadas, afinal é esse objetivo de todo artista.

passa a enfrentar juntamente com todos ligados à música hoje de qualquer forma, especialmente e principalmente, os titulares de direitos autorais e conexos, na hora de pagar.

 

Hoje os gigantes digitais, por assim chamados, pois seus lucros também são gigantes, porém como poderão vivenciar e verificar abaixo esses valores são partilhados de forma muito desproporcional aos titulares autorais.

 

A Federação Internacional da indústria Fonográfica (IFPI) divulgou seus relatório, sobre esse assunto, fazemos aqui uma comparação, cada usuário do Spotify gera cerca de US$20, e parte desse valor é repassado aos titulares autorais, já o YouTube o repasse sequer chega a US$1, tem autor que recebe US$0,000001, sendo que dos usuários do YouTube, 85% são ouvintes de músicas.

 

A CISAC - Confederação Internacional das sociedades de Autores e Compositores, elegeu esse anos de 2017 como sua principal luta, esse tipo de ação a luta contra distribuidoras de conteúdo explorando a criação intelectual. Jean Michel Jarre, presidente, chama essa atitude com todas as letras de "roubo", sendo que nada mais é que "apropriação do produto humano pelo capital", jargão marxista já muito utilizado antigamente.

 

A situação é simples: esses gigantes digitais lucram muito mesmo em prejuízo de todos que criam e produzem e se negam  a remunerar justamente os titulares desses direitos.

 

Além de que já mostramos em outros posts ser o YouTube a fonte de 70% da extração de ripping, ou seja extração ilegal de conteúdos.

 

Chamo a atenção aqui dos artistas independentes pois é um mercado crescente no Brasil e no mundo, e em 2016 esse mercado cresceu para 38% mundialmente.

Esse crescimento é de 3.2% porém só no Brasil foi de 10,6%, motivo pelo qual devo alertar todos os artistas, não somente os renomados, mas toda a classe deve se unir para que estas transferências de valores sejam cada vez melhores e mais justas.

Assuntos: Direito Autoral, Internet, Propriedade intelectual


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