Bolívia não é um bom vizinho

Às vezes lembro-me da frase de um presidente americano: “O que interessa ao Brasil interessa aos Estados Unidos”. Sou obrigado a contextualizar ao contrário. “O que não interessa à Bolívia não interessa ao Brasil”. Há tempos ouço falar que Autoridades brasileiras e bolivianas celebram parcerias para combater o tráfico na fronteira.

Aqui pra nós, isso é uma enganação. Quando querem fazer pirotecnia eleitoreira levam as televisões e efetuam algumas prisões depois largam na banguela. Não sei o que o governo brasileiro tem que o torna tão subserviente aos interesses da Bolívia. Aprovaram na Bolívia a Lei que torna legal os carros roubados no Brasil, tomaram a Petrobrás e aumentaram o preço do gás absurdamente e o Brasil bateu continência para esses trapalhões.

A maior fronteira brasileira é com a Bolívia, 3.423 km. Vai de Corumbá, MS à cidade de Assis Brasil, no Acre. A região atravessa paisagens, áreas urbanas, desertos inóspitos e a floresta amazônica.

A Bolívia faz parte do MERCOSUL e Unasul. O governo brasileiro criou a Lei da Anistia para migrantes que viviam em situação irregular no Brasil. Mas a Bolívia de vez em quando cria problemas com os brasileiros que lá vivem. 150 mil bolivianos, moram no Brasil. Do mesmo modo, é grande a presença brasileira no lado boliviano. Apenas em Pando, vivem mais de 600 famílias brasileiras.

A fronteira abastece o crime organizado brasileiro com e armas além de atrair células de máfias internacionais. Enquanto México e Colômbia reprimem o crime organizado, a Bolívia o aloja e isso se torna um crescente atrativo para os militantes do tráfico. 22% da produção mundial de cocaína é boliviana. 60% da droga apreendida no Brasil vêm de lá. A Bolívia é rota da coca do Peru e Colômbia rumo aos países europeus e africanos. Eu me pergunto vale a pena conviver com essa republiqueta?