A atual guerra civil e o poderio econômico

21/05/2013. Enviado por

O mundo tem passado por uma crise, onde há inversão de valores, não se sabe o que é certo e errado, não se sabe se reduzir a maioridade penal resolver-se-ia a criminalidade entre os jovens.

Todos os dias, veem-se nos jornais notícias trágicas, tais como: mortes banais, impunidade, corrupção, estupro. Muitas vezes o melhor no dia de domingo é assistir as brincadeiras do Sílvio Santos. Tem-se sobressaído o jornalismo crítico que forma opinião, debate e todos batem na mesma “tecla”: “O que está acontecendo com a sociedade?”. Uma dentista ser morta cruelmente por ter R$ 30,00 reais em sua conta é insanidade. Tem-se até explicação científica para isso, Ana Beatriz Barbosa, especialista em comportamento, no programa Mais você, exibido dia 08 de abril de 2013 na rede globo, afirmou que existe uma minoria de pessoas que nascem com a característica da perversidade e “o que falta é o sistema identificar esse grupinho, se não identifica desde cedo e não tiver linha severa de coibir, as coisas se perdem,” será?

Fala-se em redução da maioridade penal, devido à repercussão de um crime em que um adolescente um dia antes de completar a maioridade, matou outro jovem sem motivo, na porta do colégio, nem sequer reagiu. Situação que virou polêmica pelo fato do assassino ser menor e por isso não poderia sofrer as duras penas do Código Penal. Vive-se uma verdadeira guerra civil, o “amor ao próximo” virou uma utopia.

Hoje o econômico tem norteado todas as ações do homem, seja rico seja pobre. As autoridades colocam a culpa da violência nas drogas, no desemprego, desigualdade social, educação, no governo, na inflação etc. Deixemos de hipocrisia. O problema está na ganância. Cruel não é só o que mata para roubar, mas o corrupto que rouba de milhares de pessoas, através de seus impostos, o desonesto que não devolve o troco errado, a motivação é a mesma, ganhar em cima do outro, alguns justificam que querem pelo menos o “de comer”.

 Notória é a nomenclatura “jeitinho brasileiro”, onde o que importa sou eu, se me dou bem, não me importa o meu vizinho, se aquele negócio dá dinheiro, não importa se é ilícito, vou fazer, se aquele produto pode gerar câncer nas pessoas, não me importo, vende muito e ganho muito.

Infelizmente esse tem sido o diálogo da população, pode-se excluir um aqui outro ali, mas a massa está corrompida. Se o Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal - Joaquim Barbosa - critica o sistema político brasileiro afirmando que o deputado, o Executivo não tem feito seu trabalho, os mesmos se indignam, presidentes de partidos tartamudeiam que o Ministro não é a favor da democracia, e curioso que é ele quem não é. Pois se um deputado é eleito pelo povo e é corrupto, justamente ele não é a favor da democracia, tendo em vista que pensou somente em si mesmo ao tirar o dinheiro do povo e colocar no “seu” bolso.

O problema está no individualismo, no egoísmo, pensar em si e não se importar com o próximo, para ganhar mais e mais. Alguns terminam por usar a violência, outros tentam ser discretos nas suas articulações. Percorrer-se a tantas pesquisas e estudos, mas só chega-se a uma conclusão: o homem, um ser insatisfeito.

É preciso que cada um reflita e aquiesça no que realmente tem valor, se são as coisas ou as pessoas. Fazer alvoroço porque alguém usou seu sabonete, xingar porque alguém entrou na sua frente, me intrigar porque fulano não me cumprimentou.

Acredite se quiser, mas a justificativa está na Bíblia Sagrada: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mateus 24.12.

Assuntos: Criminal, Direito Penal, Direito processual penal, Maioridade, Maioridade penal

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