O Mundo do Trabalho Depende da Educação

18/06/2014. Enviado por

Precisamos entender as mudanças em nossa volta. As ideias brilhantes são sempre fruto desse entendimento. Não há dúvidas de que as novas tecnologias estão alterando o mundo do trabalho. Empresas e empregados sofrem o impacto das inovações.

Precisamos entender as mudanças em nossa volta. As ideias brilhantes são sempre fruto desse entendimento. Não há dúvidas de que as novas tecnologias estão alterando o mundo do trabalho. Empresas e empregados sofrem o impacto das inovações.

E como estamos nos preparando para isso? Quem se lembra, por exemplo, do nome do nosso Ministro do Trabalho? Será que ele está sintonizado com as mudanças dos mercados e das relações de trabalho? Será que o Ministro, nosso representante, entende as mudanças à sua volta? Não sabemos qual é a sua opinião sobre o impacto das tecnologias sobre o emprego, ou qual é o seu planejamento para dar um grande salto de qualidade na produtividade do trabalhador brasileiro.

Não sabemos nem mesmo se ele tem respostas para essas perguntas. Ainda mais grave, não sabemos sequer se ele pensa nisso, afinal, tem uma eleição em outubro!!!!! As respostas a estas perguntas envolvem não só o Ministério do Trabalho, mas também o Ministério da Educação, pois a chave da sobrevivência das empresas e dos trabalhadores é uma educação de qualidade.

O mundo do trabalho está evoluindo aceleradamente, acompanhando a velocidade das novas tecnologias. Falando diretamente ao empregado, as mudanças tecnológicas colocam em risco o seu emprego. As empresas modernas não têm escolha. Precisam adotar as técnicas modernas, porque a economia se globalizou e seus concorrentes estão adotando as inovações para se tornarem mais competitivos. É uma busca incessante pelo melhor produto, com o menor preço.

Um estudo da Universidade de Oxford em 2013, apontou que quase a metade dos empregos dos Estados Unidos tem alta probabilidade de, em menos de dez anos, ser substituída por robôs, computadores, drones e outras inovações.

No Brasil, essa realidade não será diferente. Nossas empresas precisam competir em âmbito mundial. Do contrário, o preço dos produtos das empresas lá de fora serão tão atrativos, que importaremos quase tudo. Entendendo as mudanças em nossa volta, podemos concluir que existem milhões de empregos ameaçados pela tecnologia.

Por uma questão lógica, os primeiros profissionais a serem substituídos por máquinas serão aqueles que exercem tarefas rotineiras e repetitivas, incluindo as ocupações das linhas de produção industrial, da logística, do transporte, da construção, vendedores, balconistas, caixas e todas as profissões que podem ser executadas por robôs e computadores.

O menor risco recai sobre as profissões que requerem alto nível de inteligência social e emocional, com capacidade para interpretar sentimentos e resolver problemas, incluindo aqui os artistas, negociadores, executivos de projetos, administradores de contratos e líderes de uma forma geral. A imensa e esmagadora maioria dos trabalhadores brasileiros está enquadrada entre os profissionais que executam tarefas rotineiras e com menor qualificação. Portanto, temos que mudar, pois o que garante a sobrevivência é a capacidade de adaptação.

Entretanto, educação de boa qualidade é requisito essencial para essa mudança. E não temos isso no Brasil. Nossos trabalhadores necessitam se preparar para essa realidade. Precisamos nos atualizar, estarmos preparados para as novas atividades.

Mais uma vez, a chave da sobrevivência do País, das Empresas e dos Empregados é educação de boa qualidade. Ter uma capacitação profissional atualizada será indispensável. Mais importante, ainda, será dominar os conhecimentos básicos da linguagem, da matemática e das ciências. É com base neles que vamos fazer a necessária atualização e reciclagem. Aqui mora o grande desafio para o Brasil. Ao longo dos próximos dez anos, o nosso ensino terá de dar um grande salto de qualidade. Para isso, é preciso começar já. E os principais agentes dessa mudança ocupam os cargos de Ministros da Educação, do Trabalho, e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Você acredita que os ocupantes destes cargos podem ser os agentes dessa mudança? Se não acreditam, não percam a oportunidade de eleger governantes capazes. Lembrem-se sempre da frase de Mestre Carlos Drumond de Andrade: “Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior.” E como cantou a Banda Legião Urbana, “não temos tempo a perder...”. Já perdemos todo o tempo que podíamos ter perdido.

Por Dr. Wéliton Roger Altoé. Sócio Proprietário da Altoé Advocare Advogados Associados

 

 

Assuntos: Direito do Trabalho, Direitos trabalhistas, Trabalho

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