O Inferno não são os outros!

27/06/2012. Enviado por

Ser feliz é tão difícil quanto viver. São três os principais caminhos a serem percorridos pelo ser humano na busca da felicidade: no passado, no presente ou no futuro. Existirá recompensa após a morte dos bem comportados? O Inferno está nos outros?

L´Apprentissage du Bonheur (O aprendizado da felicidade), de autoria de Tal Bem-Shahar, catedrático em psicologia na Universidade de Harvard, em síntese, mostra que são três os principais caminhos a serem percorridos pelo ser humano na busca da felicidade.

O primeiro ensina que o indivíduo se sentirá feliz quando atingir uma determinada meta, v.g., concluir o mestrado, comprar um carro, uma casa, viajar para o exterior, casar etc... É atingido o objetivo, não raro com grande esforço, e, o final é uma decepção, pois a felicidade não estava lá...

A sociedade valoriza pessoas bem sucedidas: riqueza, belas mulheres (ou homens), atividade profissional de sucesso e reconhecimento. Contudo, o vitorioso se sente, no fundo, deveras infeliz, mas esse “era o exemplo a seguir".

Noutro extremo está quem cansou de correr atrás da felicidade no futuro e a quer agora. Vale (quase) tudo! Sexo, drogas & rock and roll! Mas o dia seguinte revela-se um momento dramático! O que teria feito da vida? A felicidade também não estava lá...

A terceira escolha é a percorrida por aquele está desencantado com o mundo. Não pensa na felicidade futura ou presente. Julga que a felicidade está no passado e não voltará!

O primeiro caminho é perseguido pelo escravo do futuro, que supõe que a felicidade virá no momento em que atingir a meta perseguida.

O segundo é seguido pelo indivíduo que se torna escravo do presente. Iludido, acha que a felicidade está por onde anda.

No último está alguém que renunciou a tudo, ou seja, à busca de um objetivo, à vida no dia a dia e se tornou escravo do passado!

A obra sugere que, na prática, a felicidade tem a ver com a capacidade de lidar com tudo isso! É preciso saber o rumo, o que vale a pena (real sentido da vida) e ser capaz de apreciar o que a vida traz no dia a dia.

Encontrar felicidade não está em chegar ao alto de uma montanha nem em sonhar com rochedos, mas sim em viver a experiência de uma ascensão que se inicia com um sonho; depois seguem o planejamento, a percepção das flores e das pedras no caminho, o esforço, a chegada...

Por isso, não se deve colocar a culpa sobre terceiros pela nossa eventual infelicidade... A obra do filósofo francês Jean Paul Sartre traz a lume uma marcante reflexão do personagem Huis Clos: "O inferno? O inferno são os outros!". A culpa do que acontece de ruim com a gente seria por causa dos outros.

É verdade que há algumas pessoas que têm certo prazer em fazer mal ao próximo, ainda que nada ganhem com isso. Sabe-se que o ambiente a nossa volta pode atrapalhar. Mas o que fazer diante da situação? Reclamar não ajuda. A reflexão de Sartre, interiorizada, torna a vida difícil, porque o inferno NÃO são os outros. ESTÁ EM NÓS!

É urgente mudar a si para mudar o prisma da visão do mundo!

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