22/08/2014. Enviado por Dra. Naycha N. S. Hyacienth
Em um mundo cada vez mais competitivo, advogados também fazem parte do grupo com predisposição para ser acometido da Síndrome do Esgotamento Profissional.
A Síndrome de Burnout, já prevista por estudiosos desde o final da época de 60, é caracterizada por ser o ponto máximo do estresse profissional, pode ser encontrada em qualquer profissão, mas em especial nos trabalhos em que há impacto direto na vida de outras pessoas.
O termo Burnout traduzindo do inglês significa "Queixa Exterior" e os sintomas manifestos são problemas de relacionamento com colegas, clientes e chefes, a falta de cooperação entre os colegas de trabalho, de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e também de autonomia são grandes causadores do nível máximo de estresse. Fortes candidatos são aqueles profissionais que se identificam bastante com o trabalho, vivem para ele e têm níveis de exigência muito altos, nada mais idêntico aos advogados em exercício.
Pessoas com a síndrome apresentam sintomas como fadiga, cansaço constante, distúrbios do sono, dores musculares e de cabeça, irritabilidade, alterações de humor e de memória, dificuldade de concentração, falta de apetite, depressão e perda de iniciativa. Essa soma de mal-estares pode levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao suicídio. No dia-a-dia, a pessoa fica ainda arredia, isolada, passa a ser irônica, cínica e a produtividade cai. Muitas vezes, o profissional acredita que a melhor opção seja tirar férias; entretanto, quando volta, descansado, retoma a postura anterior.
A Síndrome de Burnout já rondou até mesmo entre as notícias do TST. Em uma publicação de 30.04.2014, noticiou-se sobre o processo em que uma teleopertadora dirigiu palavras de baixo calão a um cliente, foi demitida por justa causa e comprovou que sua reação foi causada pela Síndrome de Burnout. Com isso, conseguiu reverter, na Justiça do Trabalho, a demissão em dispensa imotivada e receber indenização por danos morais em decorrência de doença ocupacional no valor de R$ 5 mil.
Além do tratamento, que inclui terapia e medicamentos, como antidepressivos, se faz necessária uma mudança no estilo de vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem entrar para a rotina, pois ajudam a controlar os sintomas. É importante que o médico observe se é o ambiente profissional a causa do estresse ou se são as atitudes da própria pessoa que geram a crise.
A qualidade de vida é uma das armas para prevenir a Síndrome de Burnout. E isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios e manter uma vida social bem ativa.