10/04/2014. Enviado por Dr. Wéliton Róger Altoé
Determinação, competência e habilidade: essa é a combinação perfeita para um trabalhador excelente. Esse profissional é procurado pelas empresas e representa o que há de mais produtivo no conceito atual. Empresas inteligentes gerenciam pessoas com foco no resultado, e são cada vez mais intolerantes com o desempenho mediano. Abandonam a cada dia a liderança pela força, e buscam a liderança duradoura, positiva, inovadora, saudável e sem medo.
Esse novo líder, por sua vez, procura o trabalhador que gera resultado, de forma simples e efetiva. Esse é o trabalhador competente: aquele que cumpre o combinado. Há tempos atrás, para ser bom e competente tinha quer complexo.
Para Steve Jobs: “Simples pode ser mais difícil que complexo. Você tem que trabalhar muito para chegar a um pensamento claro e fazer o simples”. Complicamos demais, desenvolvemos teorias demais. Temos modelos demais para tudo. Chega de teorias complexas. Vamos simplificar. O trabalhador competente, é aquele que faz o máximo de coisas complexas, da maneira mais simples possível. Isso é entregar o resultado esperado. A entrega desse resultado é o que a empresa espera dos seus colaboradores. A entrega do trabalho para o qual eles foram contratados. Pessoas não são contratadas para serem populares, admiradas, seguidas ou copiadas. Pessoas são contratadas para entregarem o objeto do seu trabalho. Uma empresa séria não contrata ninguém por que é loiro ou loira; porque tem olhos verdes, negros ou castanhos; porque é bom jogador de futebol ou xadrez; porque é filho do amigo, do Juiz ou do Promotor. Empresas sérias contratam trabalhadores porque precisam do resultado do trabalho, pouco importando se os contratados são bonitos ou feios; negros, pardos ou brancos; altos ou baixos; do sexo masculino ou feminino.
O que realmente importa para as empresas de sucesso são a determinação, a competência e a habilidade dos contratados. E as mulheres têm entendido isso mais rapidamente, por isso estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. É certo que a tecnologia reduz a necessidade da força, e favorece àqueles que mais frequentam os bancos das escolas. Nisso a mulher também leva vantagem.
Uma análise no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) e no Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que o valor dos salários das mulheres se aproxima do dos homens, atualmente passou para 85,97% do valor dos salários dos últimos. No comportamento por grau de instrução, o maior aumento da participação da mulher foi verificado nas vagas de nível superior, que cresceu 1,32%. No mesmo período esse percentual masculino foi negativo em 0,13%. Para as vagas de nível superior incompleto, a relação foi de 1,94% positivo para as mulheres contra 0,14 negativo para os homens. Ou seja, a maior escolaridade das mulheres impulsiona o seu sucesso. Determinação e competência.
Além disso, a maior parte das mulheres deixou de buscar a suposta igualdade entre os sexos, de rivalizar com os homens. Entenderam que devem trabalhar com os homens, e não no lugar dos homens. Deixaram de tentar ser como homens, e perceberam que o que as dava vantagem eram justamente suas diferenças. Investiram nas diferenças. Entenderam que a sua feminilidade é a saída generosa para vencer eventuais preconceitos, e para se estabilizar no mercado de trabalho. Acostumadas às mudanças e à luta por melhorias, se amoldaram mais rapidamente ao perfil do novo empregado. Sua determinação a conduziu a se preparar melhor, estudar mais, encarar missões difíceis.
A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um. A história moldou as mulheres para serem mensageiras do novo. E o mercado de trabalho muda em uma velocidade incrível. Difícil de ser acompanhada. A força foi substituída pela negociação e pelo relacionamento; o “jeitinho” foi substituído pela agilidade, competência e respeito; a multifalada disputa capital x trabalho, foi substituída pela parceria e pelo intraempreendedorismo. E a mulher, que historicamente não desiste de lutar pelo seu crescimento, empresta a sua singeleza, competência e habilidade para harmonizar os conflitos de interesses, tornando o ambiente de trabalho mais ameno e agradável.
O mês de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas para se firmar discussões que encerrem definitivamente com eventuais atitudes preconceituosas. A mulher sempre teve importância fundamental na sociedade. Nas últimas décadas, entretanto, vem mostrando sua extrema importância para transformar o ambiente de trabalho, levando a sua sensibilidade aos cargos de liderança e gestão das empresas, com competência, determinação e habilidade.